Antes de ser tornar feriado, o 1º de Maio era uma celebração das lutas travadas em Chicago, nos Estados Unidos, em 1886.
As greves, que buscavam redução da jornada de trabalho, foram na época reprimidas e alguns de seus líderes encontraram seu fim na prisão ou na forca.
"O dia do Trabalho é a expressão da luta pelos direitos sociais do trabalho", diz Ricardo Antunes ( professor de sociologia do trabalho na UNICAMP ).
Durante o primeiro governo de Getúlio Vargas (1930-45), porém, a data foi "incorporada pelo poder" explica Fernando Teixeira da Silva ( pesquisador em história social do trabalho na UNICAMP ). "Deixou de ser o dia do trabalhador e passou a ser o dia do trabalho no contexto do corporativismo", completa. Texto extraído do caderno de empregos da Folha de S. Paulo de 27 de abril de 2008.
Lendo o texto fiz a seguinte reflexão: após quase cem anos das lutas travadas em Chicago pela redução da jornada de trabalho, ainda no Brasil, e algum tempo se tornando bandeira de reivindicação, porque, entendo que outras bandeiras perderam sua força, seu sentido ou conviniência, se discute a redução da jornada de trabalho como meio gerador de vagas de trabalho. Podemos agregar outras discuções como gerador de vagas, o aposentado que se aposenta e continua trabalhando, muitos casos não é para compor renda e sim como meio de "ter algo o que fazer", investir nesse aposentado, tanto aqueles que efetivamente precisam do complemento de renda e aqueles que não precisam, também, será uma boa iniciativa para o ingresso do jovem ao mercado de trabalho, inclusive, trabalhos no segmento para a terceira idade.
