segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Despertando interesse

Estimulando os alunos a refletirem sobre Estado laico, um aluno perguntou sobre a Igreja Ortodoxa. Lembrei de minha estada em Curitiba no mês de dezembro de 2011, antes do Natal, muito embora já conhecesse Curitiba, ainda, não conhecia o parque Tingüi, onde foi construído o Memorial Ucraniano. No espaço há uma réplica da Igreja São Miguel Arcanjo, vale a pena conferir, posto aqui uma foto tirada dentro da réplica.

No complexo há uma lojinha que vende "souvenirs", cuja tradição e cultura pêssanka está presente, é a arte de colorir ovos, há todo um significado interessante nessa tradição.















Mais informações acesse:


http://www.curitiba-parana.net/parques/memorial-ucraniano.htm

http://www.rcub.com.br/rcub/cultura/igrejas/


http://www.pessanka.com.br/home.html

Perpetuação da crise ajuda ricos, aponta geógrafo marxista

Trechos da entrevista, disponível em < http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1053440-perpetuacao-da-crise-ajuda-ricos-aponta-geografo-marxista.shtml>

Quem vai ganhar e quem vai perder?
Quem esta perdendo até agora é o povo. Há uma transferência de riqueza do povo para os bancos. O povo está nas ruas em muitos países, inclusive nos EUA, contra a maneira pela qual os governos estão favorecendo os bancos, não o povo.

Nos seus livros o sr. diz que o capitalismo provoca concentração de renda. Essa crise aumentará as diferenças entre ricos e pobres?
A qualidade cresce numa crise, não decresce. Nos EUA os dados mostram que a desigualdade cresceu de forma notável nos últimos três ou quatro anos, no curso dessa crise. Não é apenas desigualdade de renda que cresce, mas a desigualdade de poder político. Desigualdade política segue desigualdade de renda e se tem um círculo vicioso.
O aumento da desigualdade social é desestabilizador para os mercados; há um limite econômico para a desigualdade. Mas também há um limite político. Vivemos hoje movimentos contra os níveis de desigualdade social que existem em todo o mundo.

O consumismo é ainda a chave de outro para a paz social nos EUA?
Austeridade reduz o padrão de vida e o consumo cai. Há um problema real de demanda no mercado. Por causa disso a produção não cresce. E porque a produção não cresce o emprego não cresce e o desemprego aumenta. O que a austeridade faz é tornar as coisas ainda piores.
Há muitas evidências disso na crise de 1930. As políticas da austeridade naquele período foram um desastre. Mas EUA e na Europa estão engajados na política da austeridade e isso está perpetuando a crise. Mas há uma lógica por trás na perpetuação da crise: as pessoas poderosas e influentes se beneficiam da crise.
Os ricos estão indo muito bem na crise. Portanto, perpetuar a crise é uma forma de perpetuar seu crescente poder e sua crescente riqueza. Dessa perspectiva de classe a crise não é nada ruim. De um ponto de vista racional de organização da economia capitalista, austeridade é simplesmente maluco.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

O CAMINHO DE UM PROJETO

Tramitação mais comum começa na Câmara

CÂMARA
1. Projeto é proposto por deputado, senador, presidente, STF, Procuradoria ou cidadão
2. Texto é analisado por comissões e, se aprovado, é enviado para o plenário
3. Aprovado pelo plenário, projeto segue para o Senado

VOTOS PARA APROVAÇÃO
Projetos de lei: maioria simples de deputados/ senadores, em um turno
Medidas provisórias: maioria simples de deputados, em um turno
Emenda à Constituição: 3/5 de deputados/senadores, em dois turnos

SENADO

4. Texto passa por comissões da Casa
5. Aprovado, é submetido a votação no plenário
6. Caso os senadores façam alterações, texto volta para análise da Câmara, que aceita ou rejeita as mudanças

PRESIDÊNCIA

7. Após aprovação no plenário do Senado, projeto segue para o presidente, que pode sancionar ou vetar

COMO FUNCIONA UMA VOTAÇÃO

Sessão é aberta
É preciso um quorum de 51 deputados ou de quatro senadores, no caso do Senado

Projeto é discutido
Presidente dá início para que o relator e parlamentares falem contra e a favor

Votação
Líderes orientam suas bancadas, e o projeto é votado se houver quorum de 257 deputados ou de 41 senadores

Parlamentares podem aprovar, rejeitar ou se abster
Também podem aprovar de forma simbólica, quando não há objeções

Resultado e emendas
O presidente declara o resultado e coloca em discussão eventuais emendas ao projeto, que são votadas separadamente

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/po1909201066.htm

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Aprendendo ensinando

Foi muito bacana o questionamento de um aluno sobre a formação de um partido político, quando abordamos a teorização da divisão de poderes idealizada por Montesquieu.
Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.
Entendo que a representação de um grupo de pessoas pode começar no ambiente escolar, faz sentido aos alunos quando são estimulados a se organizarem, isso os conduz a compreenderem a organização que se faz necessária quando um grupo de pessoas representa uma parte da sociedade estudantil, fazendo-os conhecer um processo democrático e legítimo.

Para conhecer o processo legal de constituição de um partido político, acesse:

Intervenção do aluno

Numa das aulas cujo tema era liberdade de expressão, abordado no contexto histórico francês do século XVIII, acerca do movimento Iluminista, um aluno começou a cantarolar "liberdade prá dentro da cabeça". Incrível, pois, tive essa mesma percepção quando cá estava eu a elaborar a aula sobre Iluminismo.

Uma aluna, gentilmente, procurou a letra da música na internet e nos trouxe na aula seguinte.

Segue abaixo um trecho da música.

Desigualdades qua a luta
Afim de encontrar
A liberdade e a paz
Que a alma precisa ter

Link de acesso para a letra e escutar a música.

http://letras.terra.com.br/natiruts/47595/

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Poderes - Instâncias federais

Executivo
planalto.gov.br

Legislativo
camara.gov.br

Judiciário
stf.jus.br

Império Romano

Animação

Expansão e retração do Império Romano


http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Roman_Republic_Empire_map_fast.gif

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

ESCOLARIDADE DIFERENCIA CLASSES


Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/poder/1037365-escolaridade-e-fundamental-para-crescimento-da-classe-media.shtml

Uso da palavra feudalidades

“Em 1783, um modesto agente municipal, empregado no mercado de Valenciennes, denunciava como responsável pelo encarecimento dos generos «uma feudalidade de grandes proprietários rurais» 384. Desde então, quantos polemistas votaram ao opróbrio as «feudalidades» bancárias ou industriais! Carregada de reminiscências históricas mais ou menos vagas, a palavra parece, saída de certas canetas, evocar apenas a brutalidade do mando; mas muitas vezes, também, duma maneira mais elementar, a ideia duma invasão dos poderes económicos na vida pública.” (BLOCH, pg 504) A sociedade feudal

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

"Cidade desigual" - Folha de S.Paulo | Rede Nossa São Paulo

"Cidade desigual" - Folha de S.Paulo | Rede Nossa São Paulo

Sua excelência, a educação

Jornal Folha de São Paulo, domingo 22 de janeiro de 2012
Caderno especial. O Poder da educação

Escolaridade se mostra fundamental para a queda da desigualdade e o crescimento da classe média
ANTONIO GOIS
DO RIO

Dinheiro e posse de bens de consumo podem ser sinais exteriores de prosperidade, mas o que realmente distingue com clareza a classe social à qual o brasileiro pertence é a escolaridade.

O levantamento Datafolha mostra que no topo da pirâmide, por exemplo, a maioria possui nível superior. Descendo um degrau, no que seria uma classe média alta, esta proporção cai significativamente, e o nível de instrução da maioria passa a ser o ensino médio completo.

Assim vai até chegarmos à base da pirâmide, em que o mais comum é ser analfabeto ou nem sequer ter completado o primário, equivalente hoje ao quinto ano do ensino fundamental.

Estudar é, portanto, o melhor passaporte para a mobilidade social. E, apesar de muitos brasileiros ainda terem uma escolaridade precária, a boa notícia foi que a distância entre pobres e ricos no que diz respeito ao acesso à escola diminuiu.

Há dez anos, o Datafolha registrava que havia mais brasileiros que não tinham completado o ensino fundamental do que aqueles que possuíam ao menos o nível médio completo.

Hoje, a situação se inverteu, e esse movimento teve papel fundamental na redução da desigualdade e no crescimento da classe média no país, como comprovam alguns estudos.

O mais recente deles, dos pesquisadores Naércio Menezes Filho e Alison Pablo de Oliveira, ambos da USP (Universidade de São Paulo) e do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), mostra que 40% da queda da desigualdade no mercado de trabalho na década passada é explicada pela melhoria da escolaridade dos mais pobres.

O economista Marcelo Neri, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), que chegou a conclusão semelhante em estudo divulgado em maio, lembra que a educação no Brasil nem sempre jogou a favor da redução da desigualdade.

Nos anos 1970, durante o chamado "milagre econômico", o avanço pífio da escolaridade fez com que os poucos brasileiros mais instruídos se beneficiassem muito mais do bom momento econômico do que os aqueles que estudaram menos tempo.

Na década passada, mesmo sem taxas tão altas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto), foram os mais pobres que registraram maior aumento na renda, permitindo que muitos mudassem de classe econômica, em boa parte devido à melhoria de sua escolaridade.

"A educação teve papel fundamental para explicar essa fantástica queda da desigualdade. E, nesse campo, muito do que foi colhido na década passada começou a ser plantado nos anos 1990", afirma o economista.

Neri se diz otimista com a continuidade desse processo. "Muitos, inclusive eu, acreditavam que o crescimento dessas classes era sustentado mais na oferta de crédito e de programas sociais. Mas hoje entendo que as pessoas estão ascendendo também porque estudaram mais e tiveram menos filhos."

MENOS RISCOS

Priscila Cruz, diretora-executiva do movimento Todos Pela Educação, lembra que quanto menor a escolaridade, menor a proteção contra crises econômicas.

"Se a economia desaquece, muitos dos brasileiros que migraram para a classe C beneficiados só pelo crescimento podem voltar para as classes D ou E. Com mais instrução, a pessoa tem mais força para reagir às adversidades e capacidade de migrar de um setor para outro."

Para ela, no entanto, à medida que as diferenças em termos de acesso diminuem, aumenta a importância da qualidade do ensino.

"Cada vez mais, o que diferenciará as classes não será tanto o nível de ensino ao qual cada um chegou, mas a qualidade da educação recebida", afirma.

Cruz avalia ainda que será um erro se boa parte dessa nova classe média fugir da escola pública em busca de mais qualidade nos colégios particulares.

Seu argumento é que essa migração teria efeito prejudicial para a educação na rede pública e não seria garantia de melhor ensino, já que muitas escolas privadas, especialmente as que oferecem cursos mais baratos, têm também qualidade muito ruim.