domingo, 12 de julho de 2015

Atividade Facultativa - Nota Bônus - 9º ano

Esta atividade tem a propositura de conduzir os alunos ao acesso de alguns sites e consequentemente a intertextualidade. O caráter é apolítico e não ideológico, pelo contrário, é estimular vários questionamentos e reflexões, “mexer” com a estrutura de formação de opinião, considerando os conhecimentos adquiridos, aqueles aprendidos na escola e fora dela, pois, a nossa sociedade tem o pertencimento de formação a partir de uma dialética muito abrangente.
Instruções para a entrega da tarefa SOMENTE no dia 3 de agosto de 2015, não serão aceitos trabalhos fora desta data, por favor, não insista.
A nota bônus será atribuída somente após a Prova de Recuperação, ou seja, no fechamento das notas do 2º trimestre.
O trabalho deve ser entregue em folha de papel almaço à caneta azul ou preta. O Aluno que se sentir mais a vontade de digitá-lo pode fazê-lo, entretanto, deve atentar para as seguintes regras: fonte da letra Arial 12, parágrafo padrão Word (1,25) e espaçamento entre linhas 1,15.
Não esqueça da identificação no cabeçalho:
Nome, nº, ano e data de entrega.

Sempre copie o título do texto, as reflexões propostas (enunciados) o site e o dia de acesso, na sequência, duma forma organizada e limpa, resultando num capricho para apresentação do seu trabalho.
“Mãos à massa”.

Projeto quer criminalizar “assédio ideológico” nas escolas

Reflexão: Você compactua da proposta do deputado Rogério Marinho (PSDB)? Justifique sua resposta argumentando-a.

Brasil, país de imprensa livre?

É Imprescindível que você assista ao vídeo inserido na página.
Reflexões:
Aponte uma reflexão sobre:
No início do vídeo apresenta-se um rosto de um homem e uma das mãos sendo colocada sobre a boca e a outra sobre os olhos. Qual sua opinião sobre isso?
Em sua opinião, qual era a vontade do jornalista Rodrigo Neto em relação ao jornalismo praticado por ele?
Há algum indício, tanto no vídeo como no texto, que Neto estava a serviço (a mando) de alguém ou de algum partido ou instituição? Caso a resposta seja positiva, aponte trecho do texto ou descreva a fala do vídeo. Ou ele atuava sobre os fatos ocorridos na região?
Em qual governo a senhora Eneida da Costa se refere? Mencione o estado e nome do governante.
Por que a senhora Eneida da Costa demonstra muito medo em sua fala?
Quantos comunicadores foram assassinados entre 2012 e 2014 no Brasil?
O que indica, por que o jornalista Rodrigo Neto fora executado?
O documentário busca levantar quais reflexões?
Você teve curiosidade de procurar os outros vídeos que fazem parte da trilogia que trata da impunidade em crimes contra comunicadores? Por quê?

Reflita sobre o título da matéria “Brasil, país de imprensa livre?” Observe que está numa forma de pergunta. Discorra sobre sua reflexão.

Levante hipóteses e aponte sobre o nome do documentário “Impunidade mata”.

Acesse o site da Secretaria de Direitos Humanos PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

Mencione o que mais lhe chamou a atenção. Não se esqueça de mencionar o dia de acesso e o link completo.


Acesse os sites abaixo para refletir sobre as questões propostas.

 

Muito Além do Cidadão Kane (completo / dublado) - documentário sobre a Rede Globo

Orson Welles, o gênio que criou ‘Cidadão Kane’, nasceu há 100 anos


ROSEBUD - Resenha crítica sobre o filme “Cidadão Kane”, de Orson Welles

Música e letra “Televisão” dos Titãs.

Uma nova frente progressista está em gestação

Em sua opinião, por que o documentário produzido pela BBC de Londres “Muito além do cidadão Kane” tem esse nome?

Você acredita que a TV ou outras mídias são ideológicas? Justifique sua resposta. Fundamente-a buscando definir a palavra “ideologia”.

Qual o contexto histórico da música “Televisão” fora divulgada?

A estrofe abaixo lhe aponta para qual reflexão ou quais reflexões?

Oh! Cride, fala pra mãe

Que eu nunca li num livro

Que o espirro

Fosse um vírus sem cura

Vê se me entende

Pelo menos uma vez

Criatura!

Oh! Cride, fala pra mãe!

 

A estrofe abaixo lhe aponta para qual reflexão ou quais reflexões?

A televisão

Me deixou burro

Muito burro demais

Oh! Oh! Oh!

Agora todas coisas

Que eu penso

Me parecem iguais

Oh! Oh! Oh!

 

O blog é uma ferramenta digital muito utilizada atualmente, ele funciona como um diário, as pessoas o utilizam para expressar suas ideias ou ideologia. Sugiro três blogs para suas reflexões e exposição delas.

blog do emir

blog do merval pereira

blog do Agenor Bevilacqua Sobrinho

Acesse os blogs do Emir, do Merval Pereira e do Agenor Bevilacqua Sobrinho, a partir da análise de cada um deles, aponte:

Qual deles é mais ideológico? Por quê?

Qual é mais reflexivo? Por quê?

Qual dos três você acessaria diariamente?

Qual dos três, ou os três, você não acessaria mais?

Faça o seguinte exercício: sem voltar a lê-los, qual tema lhe vêm à mente neste momento.

Intertextualidade

Jatos que mancham


Venezuela

Novos jatos

Em relação ao governo federal, qual dos textos é imparcial. Não se trata, aqui, de defesa ou não, trata-se de abordagem do texto em torno de trazer o leitor para reflexões e não imposições (pratique a definição da palavra “ideologia”). Observe que ambos escrevem para o mesmo veículo de comunicação (mídia impressa e digital) Jornal Folha de São Paulo, empresa do grupo Folha, também dono do site UOL.

Os textos “Venezuela” de Gullar e “Novos Jatos” de Freitas abordam a visita de um grupo de senadores brasileiros realizado à Venezuela, leia-os com muita atenção.

Qual é o ponto significativo de divergência entre ambos. Fundamente seu argumento mencionando trechos de cada texto.

Gullar menciona o nome dos senadores que fizeram parte da comitiva que fora à Venezuela? Caso positivo, mencione quais:

 

Faça uma breve pesquisa e aponte os resultados acerca do senador Ronaldo Caiado, que fazia parte da comitiva para dar apoio aos “políticos presos” na Venezuela. Baseado em sua pesquisa, quais são seus interesses, de Ronaldo Caiado, econômicos, sociais e políticos a serem defendidos no Senado Federal? Desde quando?

Diante de tantos problemas no Poder Legislativo Federal Brasileiro, o que você entende da visita deste grupo de senadores que foram à Venezuela.

Pesquise, pense, reflita e explique a frase “Durante a ditadura, quisemos muito que estrangeiros viessem verificar as práticas da repressão” do texto “Novos Jatos” de Freitas. Qual o contexto histórico brasileiro desta frase? Que marcara e manchara na nossa historiografia.
No texto “Novos jatos” Freitas nos traz a luz do túnel do tempo um breve histórico de alguns senadores que faziam parte da comitiva. Em seu entendimento, é algo hipócrita ou não? Em relação à solidariedade aos “presos políticos” na Venezuela. Ou algo provocador? Ou algum outro ponto que você tenha percebido.

Apresente uma produção visual que represente uma proposta do trabalho.
Numa canson com margem de 1 centímetro, identificação na margem superior: nome, nº, ano e data da entrega, título e a produção visual que poderá, a seu critério, ser articulada com alguma frase.
Ou se você tiver habilidade em compor, poderá fazer um poema ou poesia no final do trabalho, ou até mesmo em fazer uma produção textual.

Significados e sua conclusão deste trabalho:
























domingo, 5 de julho de 2015

Atividade 9º ano

Esta atividade fora desenvolvida atribuída nota OIA.
Refazê-la numa folha de papel almaço com cabeçalho e data de entrega, à caneta azul ou preta, copiar os anunciados, desenvolver na sequência pulando uma linha duma resposta para outra pergunta e mencionar o título: Texto: "O pensamento sem fronteiras de Albert O. Hirschman": reflexões, questões e produção visual.


O pensamento sem fronteiras de Albert O. Hirschman

RESUMO: Economista reconhecido por seus estudos sobre desenvolvimento (1915-2012) tem biografia lançada nos EUA. Livro narra vida marcada pela resistência ao nazismo e ressalta disposição para o trabalho de campo e para a integração de disciplinas, que pode ter lhe custado o Nobel do qual muitos o julgavam merecedor.
Se uma montadora fabrica carros ruins e caros, os consumidores deixarão de comprá-los, e a empresa irá à falência ou se reinventará. Mas e se o serviço de ônibus de uma cidade for ruim e caro?
No primeiro caso, um mercado saudável e competitivo dá conta de selecionar o que funciona e o que não. No segundo, apresentam-se três alternativas: sair, se conformar ou verbalizar.
"Sair" significa deixar de usar ônibus: comprar um carro, uma bicicleta. Mas nem todos podem sair. "Conformar-se" implica aguentar ônibus ruins e caros. "Verbalizar", finalmente, significa protestar, manifestar-se e exigir dos poderes públicos um preço mais razoável e um serviço mais eficiente.
"Exit, Voice and Loyalty" (1970), o livro mais famoso de Albert Otto Hirschman, trata justamente dessa questão.
Nos anos 1980, Hirschman foi uma aposta para o Nobel de Economia. Ele nunca levou o prêmio, o que é considerado uma injustiça por alguns de seus colegas --entre eles Amartya Sen (que recebeu o reconhecimento da Academia Sueca em 1998). Talvez a falta do prêmio explique por que os obituários não tenham sido pródigos quando ele morreu, no fim de 2012.
Dois fatos pesaram para que Hirschman não levasse o Nobel: em primeiro lugar, ele transitava entre dois campos de estudo, a sociologia e a economia. Além disso, não é possível indicar uma teoria única ou uma disciplina que ele tenha fundado. Sua obra se caracterizou pela diversidade dos temas.
Recentemente, porém, um livro restaurou a importância de Hirschman: o catatau intitulado "Worldly Philosopher" [Princeton University Press, 751 págs., US$ 22,98; disponível em e-book por R$ 88,83]. A biografia, assinada pelo historiador econômico Jeremy Adelman, foi publicada nos EUA no ano passado, e foi motivo de extensas análises na mídia mais refinada dos Estados Unidos.

O "worldly" do título --mundano, no sentido de ligado às coisas palpáveis, materiais não é gratuito. As ideias e a vida do biografado foram fortemente influenciadas pelos grandes marcos históricos do século passado.

INTRANSIGÊNCIA Entre os assuntos contemplados na produção de Hirschman está a falta de diálogo entre economistas. Seu penúltimo livro, de 1991, saiu nos EUA com o título de "A Retórica da Reação" a contragosto do autor, que preferia "A Retórica da Intransigência" (no Brasil, o volume, publicado pela Companhia das Letras, foi chamado dessa forma). Era um ensaio sobre como e por que conservadores e liberais fazem teorias para seus próprios grupos, com a finalidade de reafirmar suas certezas.
Assim como o mote de "Exit, Voice and Loyalty", o tema ganhou atualidade --é só navegar pela internet brasileira para ler grupos se acusando de "keynesianos de galinheiro" ou "cabeças de planilha".
Mas a ideia mais conhecida de Hirschman não é nenhuma destas. Trata-se de uma metáfora: a da mão escondida.
O economista apontava para o conjunto de consequências imprevisíveis de uma ação do governo. Por exemplo: um programa de transferência de renda tem como propósito tirar pessoas da situação de pobreza extrema. A mão escondida é o efeito colateral: o comércio ganha força, a economia gira, novos negócios são abertos, mais impostos são arrecadados.
Trata-se, claro, de um aceno à mão invisível do mercado --aquela mesma que leva à falência uma montadora de carros ruins e caros.
Em meio à grande variedade de temas e objetos de estudo, porém, quando se fala no nome de Hirschman, pensa-se ainda nos desenvolvimentistas. Não é um despropósito: ele foi um dos primeiros acadêmicos de universidade norte-americana a se debruçar sobre o tema dos países pobres, justamente na época em que o assunto ganhava temperatura, nos anos 1950.
O economista foi muito influente na América Latina. Ajudou a fundar a Cepal e também o Cebrap, no Brasil, além de "think tanks" nos mesmos moldes em outros países da região.
Hirschman era a favor da distribuição de renda e de um Estado de bem-estar social, mas era contra a revolução com que, nos anos 1950 e 1960, boa parte da esquerda latino-americana sonhava. Para ele, reformar o Estado lentamente, com avanços e retrocessos, era o melhor caminho.
O estudo do desenvolvimento não foi uma escolha totalmente espontânea: ele viveu na Colômbia durante os anos 1950 porque não conseguia emprego nos EUA.
Hirschman não sabia, mas esteve na lista negra do senador Joseph McCarthy. Visto como uma ameaça ao capitalismo, não conseguiu trabalhar em órgãos governamentais ou universidades do país que adotou como nação. Mas não era a primeira vez que ele era perseguido pelos donos do poder.
NOVO COMEÇO O economista nasceu em uma família de judeus de Berlim em 1915.
Durante a juventude, integrou um grupo de comunistas da capital alemã chamado Neu Beginnen (novo começo). Foi dessa parte de sua história que os anticomunistas norteamericanos tiraram suas suspeitas, desconsiderando o fato de que Hirschman havia abandonado o comunismo ainda adolescente.
Em 1933, seu pai, um cirurgião, morreu. No mesmo ano, Hitler assumiu o poder, e a Alemanha passou da República de Weimar para o Terceiro Reich. O jovem fugiu do país, ao qual só voltaria depois de mais de 40 anos.
Fixou-se em Paris, onde começou a estudar administração. De lá, alistou-se para lutar na Guerra Civil Espanhola, na qual foi ferido. Não há detalhes sobre o episódio, que ele não comentava nem mesmo com sua mulher Sarah --eles foram casados por sete décadas.
Desiludido com as brigas e sabotagens entre grupos de legalistas na Espanha (os stalinistas chegaram a executar membros do Poum - Partido Operário de Unificação Marxista), mudou-se em 1935 para Londres, ingressando na London School of Economics.
Passou ainda pela Itália para estar com a irmã, Eva, e um grupo de intelectuais independentes, como o filósofo antifascista Eugenio Colorni (1909-44), que seria para ele uma grande influência.
Segundo a biografia de Adelman, Hirschman e Colorni tinham quase uma obsessão para "provar que Hamlet estava errado".
O personagem da peça fica tão paralisado pela dúvida que não consegue agir. Portanto, se autoquestionar, colocar as próprias certezas em xeque nos deixa em um estado de catatonia. "Provar que Hamlet estava errado" era provar que, na verdade, é bom ter dúvidas, elas fazem com que as posições sejam revistas.
Porém, quando se trata de um governo, e não de uma pessoa, o ideal é que ele tenha como revisitar suas posições, mas sem que essas voltas o imobilizem.
Hoje a ideia é mais nítida do que quando foi formulada, em plena Segunda Guerra, quando nações eram governadas por dogmas que determinavam como poderosos e povo deveriam agir.
Da Itália, voltou à França. Lá trabalhou em uma rede que tinha como objetivo salvar europeus perseguidos pelo nazismo, ajudando-os a sair da Europa. Conseguiram levar às Américas um número estimado entre 2.000 e 4.000 de judeus e antinazistas –entre eles, gente como o pintor Marc Chagall e a filósofa Hannah Arendt.
Hirschman tinha várias funções nesse círculo: falsificava documentos, ajudava perseguidos a cruzar fronteiras, auxiliava com disfarces. A certa altura da Segunda Guerra, o próprio Hirschman acabou fazendo uso da rede e foi para os EUA, onde voltou a estudar e se alistou no Exército.
Assim, antes do fim do conflito, estava de volta à Europa, dessa vez com os soldados americanos. Ao alistar-se, ele tinha noção de seu potencial para ser uma cabeça nos serviços de inteligência, mas acabou trabalhando como tradutor.
Fluente em alemão, francês, italiano e inglês, ele foi o tradutor do primeiro grande julgamento de um nazista de alta patente, Anton Dostler, que foi executado: coube a Hirschman comunicar ao condenado que seria morto por um pelotão de fuzilamento.
De volta aos EUA, esteve no grupo responsável pelo Plano Marshall, que reergueu a Europa durante o pós-Guerra. Mas sua vida profissional não deslanchou, pois ele passou a topar com as dificuldades do macarthismo.
Foi quando, em 1952, chegou um convite para ir à Colômbia, a fim de trabalhar como consultor. Ao aceitar, Hirschman deparou com um país que tentava sair de uma situação plenamente agrária e de atraso para tentar alcançar os que já estavam plenamente industrializados. Ele trabalhou por lá durante os anos de guerra civil conhecidos como "La Violencia" (1948-1958), com conflitos que amontoaram corpos no campo.
Desse momento em diante, a produção intelectual do estudioso esteve ligada aos países em desenvolvimento, especialmente os da América Latina.
Hirschman entendeu bem a chamada "síndrome de vira-latas" e a necessidade que os latino-americanos temos de buscar aval de intelectuais do mundo desenvolvido para reconhecer nossos próprios méritos. Ele não se sentia confortável na posição do "gringo sabido" que viria de um país rico para ensinar como fazer as coisas.
Já livre do macarthismo, ele voltou aos EUA e, mesmo sem gostar de dar aulas, teve empregos nas mais prestigiadas universidades de lá, como Harvard e Princeton.
No fim dos anos 1950 e durante os 1960, começou a circular pela América Latina -- colaborou com Salvador Allende, com o economista argentino Raúl Prebisch e também com alguns brasileiros, como Celso Furtado e um então jovem sociólogo chamado Fernando Henrique Cardoso, que ficou embevecido ao ouvir do "gringo sabido" que os dois pensavam de forma parecida.
A amizade entre o futuro presidente e Hirschman durou décadas --o economista foi um dos poucos presentes no almoço de pré-posse de FHC, no dia 1º de janeiro de 1995. Há um ano, o ex-presidente publicou na "Ilustríssima" um artigo relembrando alguns momentos com o amigo, que morrera poucos meses antes, após um longo tempo agonizando sem memória ou consciência.
José Serra também conviveu com o economista, como assistente na Universidade de Princeton, como registra o livro de Jeremy Adelman. Hirschman chegou a acionar sua rede de contatos no governo norte-americano para ajudar Serra a se desembaraçar de militares que o detinham momentaneamente no aeroporto. Segundo Adelman, o exgovernador nunca soube que Hirschman havia se movimentado para ajudá-lo.
Apesar de não ser mais tão influente quanto no passado, o pensamento de Hirschman deixou uma herança notável --ainda que talvez indireta-- na atuação de alguns economistas atuais. É o que se percebe, por exemplo, nos trabalhos da francesa Esther Duflo e seu laboratório de estudos sobre pobreza, que, num estilo semelhante ao de Hirschman, combina experiência em campo com teoria.
Estudiosos como Duflo seguem um traço peculiar de Hirschman, cuja experiência de campo, visitando países em desenvolvimento, difere bastante dos testes que os economistas de desenvolvimento fazem hoje.
Hirschman, o livro reitera, teve uma trajetória única --duas guerras, fuga do país de origem e, depois, do continente, perseguição do macarthismo e a vida na América Latina. A combinação dessas mudanças com uma inquietude intelectual fez dele um pensador de múltiplos temas --se não levou o Nobel, conseguiu verbalizar ideias sem que a dúvida o paralisasse.

Questões
1. O que significa “verbalizar”?
2. Hirschman era a favor de quais ideias socioeconômicas?
3. Por que Hirschman, ainda jovem, fugiu da Alemanha?
4. Hirschman fixou-se em Paris, posteriormente passando por Londres, Itália e voltou à França. Qual papel desempenhou na sua volta à França? Explique esse trabalho desenvolvido por ele.
5. O texto menciona um nazista, Anton Dostler, por qual motivo ele fora executado? Em sua opinião, a pena de morte deve ser implantada no Brasil? Justifique sua resposta.
6. Qual foi o objetivo do Plano Marshall?
7. Por que Hirschman fora perseguido pelo “macarthismo”, a origem dessa expressão está relacionada ao senador, à época, Joseph McCarthy, mencionado no texto.
8. Explique a crítica que Hirschman fez em relação aos latinos-americanos.
9. Ao longo do texto podemos imaginar várias situações. Represente uma delas através de um desenho.